A candidíase mamária está entre os desafios que você pode ter que enfrentar durante sua jornada de amamentação e, apesar de normalmente ser resolvida de forma simples, ela pode causar muito desconforto e requer alguns cuidados específicos, além da orientação adequada.
Neste artigo, vamos tirar as principais dúvidas sobre essa infecção fúngica que afeta os seios durante o período de amamentação e pode gerar diversos sintomas, prejudicando tanto a mãe quanto o bebê.
Vamos explicar o que é a candidíase mamária, quais são suas causas, seus sintomas e como é feito o tratamento.
Após a leitura dos tópicos seguintes, você estará apta para identificar os sinais precoces desse problema, buscar ajuda profissional e adotar as medidas adequadas para se livrar do fungo e garantir o seu bem-estar durante a amamentação.
Confira!
O que é candidíase mamária?
A candidíase é uma infecção fúngica causada pela proliferação excessiva do fungo Candida, que pode afetar diferentes partes do corpo, como a pele, a boca, os órgãos genitais e as mamas, causando o que chamamos de candidíase mamária, que afeta especialmente as mulheres lactantes.
Existem diversos subgrupos do fungo Candida, sendo a Candida albicans o mais comum entre eles.
Normalmente, um corpo em equilíbrio, com o sistema imunológico fortalecido, consegue lidar facilmente com a candidíase, sem que os sintomas evoluam.
No entanto, durante a gravidez e a amamentação, é comum que a mulher fique com a imunidade baixa, o que cria condições para o surgimento da candidíase mamária.
Além disso, durante a amamentação, o corpo da mulher passa por diversas alterações hormonais que podem se somar a fatores como o uso prolongado de sutiãs úmidos, a falta de ventilação nos seios e a presença de lesões nos mamilos, criando o ambiente propício para o desenvolvimento da candidíase.
Se você tem sentido todo o impacto que a amamentação e a rotina com o bebê causam em seu corpo e quer evitar a candidíase, é possível adotar algumas medidas preventivas.
Fazer uma higiene adequada dos seios, utilizando sutiãs limpos e confortáveis, e manter os mamilos sempre secos a cada amamentação são cuidados importantes.
Além disso, uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e antioxidantes, pode fortalecer o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater a infecção.
Ao adotar essas medidas preventivas, você tem maiores chances de garantir uma experiência de amamentação tranquila e confortável, promovendo o bem-estar tanto para si mesmas quanto para seu bebê.
O que causa a candidíase mamária?
Como vimos, a candidíase mamária é desencadeada pela proliferação do fungo Candida, especialmente a Candida albicans, nos ductos mamários e nos tecidos da mama.
Mas é importante destacar que a simples presença desse fungo no corpo não necessariamente resulta em candidíase mamária.
O problema surge quando há um desequilíbrio no sistema imunológico da mulher, permitindo que o fungo se prolifere de forma descontrolada, como ocorre durante a gravidez e o período de amamentação, que a tornam mais suscetível à candidíase mamária.
No entanto, podemos, ao invés de destacar somente a proliferação do fungo e as alterações hormonais e imunológicas, que quase sempre são inevitáveis, pensar nas causas da candidíase mamária em termos mais práticos.
Por exemplo, a rotina agitada, o cansaço e uma alimentação deficiente em nutrientes essenciais podem contribuir para enfraquecer o sistema imunológico, facilitando o surgimento da infecção fúngica.
Além disso, mulheres com condições de saúde específicas, como alterações na tireoide, diabetes e uso recente de antibióticos ou corticóides, também apresentam maior risco de desenvolver candidíase mamária.
Essas condições podem comprometer ainda mais a capacidade do organismo de combater a proliferação do fungo.
A candidíase mamária também pode ser transmitida para a mãe pelo próprio bebê, quando ele apresenta um quadro de candidíase oral.
Os sinais de candidíase oral no bebê geralmente incluem a presença de placas brancas na língua, no céu da boca e no interior das bochechas, que são muito semelhantes ao aspecto da coalhada.
Se isso acontecer, significa que o sistema imunológico da criança também está enfraquecido.
Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da candidíase mamária incluem a umidade constante nos seios, causada por absorventes de seios não trocados, biquínis molhados ou sutiãs úmidos.
Quais são os principais sintomas da candidíase mamária?
A candidíase mamária pode se manifestar por meio de diversos sintomas, os quais podem variar em intensidade e afetar significativamente a experiência de amamentação.
É importante manter-se atenta a esses sinais para identificar precocemente a infecção fúngica e buscar o tratamento adequado.
Veja abaixo quais são os principais sintomas.
- Dor nos seios durante e após a amamentação: a dor pode ser intensa e persistente, podendo se manifestar como uma sensação de queimação, fisgadas ou pontadas nos mamilos e nas áreas ao redor da mama;
- Ardência: muitas mulheres relatam uma sensação de ardência nos mamilos e na aréola durante a amamentação, o que pode tornar o ato de alimentar o bebê extremamente desconfortável;
- Vermelhidão e inchaço: as áreas afetadas pela candidíase mamária podem apresentar vermelhidão e inchaço, indicando uma resposta inflamatória do organismo à infecção;
- Coceira: a coceira na região dos mamilos e da aréola é outro sintoma comum da candidíase mamária, podendo causar irritação e desconforto;
- Fissuras nos mamilos e na aréola: as fissuras na pele ao redor dos mamilos e na aréola podem surgir devido à irritação causada pela candidíase, levando à formação de lesões que não cicatrizam facilmente;
- Alterações na aparência dos mamilos: os mamilos podem apresentar uma aparência brilhante, mais rosada ou até mesmo esbranquiçada devido à presença do fungo Candida.
É importante ressaltar que os sintomas da candidíase mamária podem variar de mulher para mulher e podem ser mais intensos em alguns casos do que em outros.
Portanto, qualquer desconforto persistente durante a amamentação deve ser avaliado por um profissional de saúde, que poderá diagnosticar corretamente a infecção fúngica e recomendar o tratamento adequado. Falaremos sobre o tratamento no tópico seguinte.
Como é feito o tratamento da candidíase mamária?
O tratamento da candidíase mamária costuma ser simples, mas requer muita atenção e cuidado, sendo fundamental buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e um plano terapêutico adequado.
O autodiagnóstico não é recomendado e diante de qualquer sintoma persistente, é essencial consultar um especialista.
O diagnóstico da candidíase mamária geralmente é realizado por meio de um exame clínico durante a consulta médica.
O profissional de saúde, que pode ser um dermatologista, ginecologista ou mastologista, avalia os seios, os mamilos e os ductos mamários infectados.
Em alguns casos, podem ser solicitados exames complementares, como culturas de amostras do tecido infectado ou exames laboratoriais, para confirmar o diagnóstico.
O tratamento mais comum para a candidíase mamária envolve o uso de antifúngicos tópicos, como nistatina, clotrimazol, miconazol ou cetoconazol.
Essas pomadas ajudam a combater o fungo causador da infecção e também auxiliam na cicatrização das feridas.
É importante lembrar que você não precisa suspender a amamentação durante o tratamento. Basta manter os seios limpos e secos na hora de amamentar para evitar o contato da boca do bebê com o medicamento.
Caso não haja melhora no quadro da infecção após duas semanas de tratamento tópico, o médico pode optar por antifúngicos orais, como o fluconazol.
É fundamental seguir as orientações médicas à risca e completar o ciclo de tratamento para garantir a eficácia do processo.
Se o seu bebê também apresentar sinais de candidíase, é importante que ele seja submetido a um protocolo específico de tratamento para evitar que você seja reinfectada.
Não se esqueça também de manter uma boa higiene da área afetada e adotar uma alimentação rica em nutrientes para favorecer a recuperação do seu sistema imunológico.
Em resumo, o tratamento da candidíase mamária requer acompanhamento médico e cuidados específicos, mas com o devido cuidado e seguindo as orientações profissionais, é possível superar essa condição e manter o processo de amamentação com tranquilidade e segurança.
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