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A temível Mastite: como evitar e tratar sem desmame

mastite na mama

A mastite na mama é um dos contratempos mais comuns enfrentados pelas mães, especialmente nas primeiras semanas após o parto. Se você está passando por esse problema ou quer saber tudo sobre ele para se prevenir, continue a leitura.

Ao longo dos próximos tópicos, você vai entender o que é mastite, o que fazer para evitá-la e como ela deve ser tratada.

Acredite: esse conhecimento pode salvar sua amamentação.

Mastite: o que é?

A mastite é uma inflamação das glândulas mamárias que pode ocorrer durante o período de aleitamento materno.

Ela acontece devido ao acúmulo de leite nos ductos da mama, levando à obstrução, que pode causar dor, inchaço, calor, vermelhidão e febre. Isso porque a obstrução dos ductos leva ao crescimento de bactérias, causando uma infecção.

Mas não pense que a interrupção da amamentação é a melhor forma de solucionar o problema. Pelo contrário, a interrupção brusca desse processo pode, inclusive, cooperar para o acúmulo de leite que resulta na mastite.

A causa mais comum da mastite é justamente o esvaziamento insuficiente da mama. Isso pode acontecer devido a uma pega inadequada do bebê durante as mamadas ou ao uso de bicos artificiais, como chupetas e mamadeiras.

O uso de mamadeiras, por exemplo, potencializa a mastite por dois motivos. O primeiro deles diz respeito à diminuição da amamentação, que pode levar ao represamento do leite nos ductos.

Se o bebê também utiliza a mamadeira, a quantidade e o tempo das mamadas no peito tende a diminuir.

O segundo motivo diz respeito à confusão de bicos e à pega incorreta da mama. A forma como o bebê mama na mamadeira é diferente da forma como ele mama no peito. Os movimentos da boca do bebê não são os mesmos e isso também vale para a chupeta. 

Então, se você utiliza a mamadeira, mesmo que seja para oferecer o próprio leite materno, você pode estar criando uma oportunidade para a proliferação das bactérias que causam a mastite.

Com frequência, a mastite acontece durante as primeiras semanas após o nascimento do bebê.

Nesse período, o seu organismo ainda está se adaptando para produzir o leite materno de acordo com a demanda do seu bebê e pode acabar produzindo mais leite do que a quantidade que ele mama.

Nesse sentido, a amamentação em livre demanda, feita ao menos nas primeiras semanas de vida do bebê, ajuda a evitar a mastite, já que as mamadas frequentes ajudam no esvaziamento efetivo dos seios  .

Na maioria dos casos, a mastite afeta apenas uma das mamas e os sintomas se tornam mais intensos em um curto intervalo de tempo.

Tudo começa com um ducto entupido e, depois de algumas horas, podem surgir a vermelhidão, a dor ao amamentar e, com o desenvolvimento das bactérias, os episódios de febre.

Como evitar a mastite?

Embora a mastite na mama durante o período de aleitamento materno seja muito frequente, há alguns cuidados que você pode tomar para evitá-la. 

O primeiro deles, como mencionamos no tópico anterior, é a amamentação em livre demanda, ao menos nas primeiras semanas após o parto. Essa prática vai ajudar o seu organismo a entender a demanda de produção do leite

É importante ter a certeza de que suas mamas estão sendo suficientemente esvaziadas. Então, quando você precisar se afastar do seu bebê, ordenhas serão necessárias.Outra ação importante para prevenir a mastite é oferecer o segundo seio ao bebê durante a mamada depois que ele recusar o primeiro

Além disso, como a baixa imunidade facilita a proliferação das bactérias, é importante fortalecer o seu sistema imunológico, se alimentando bem e bebendo bastante água.

É claro que manter uma rotina de descanso adequada é quase impossível nos primeiros meses após o parto, mas é importante descansar sempre que você tiver uma oportunidade.

Então, se você puder contar com alguém para cuidar das demais demandas da sua casa, como a limpeza e a preparação das refeições, não hesite em pedir ajuda.

Mesmo com esses cuidados, pode ser que você acabe tendo que lidar com um episódio de mastite. Mas não se preocupe. Ela tem cura e pode ser rapidamente resolvida.

Como é feito o tratamento da mastite na mama?

Se, além das mamas cheias e doloridas, você identificar febre nos seios, procure o seu médico imediatamente, pois estamos tratando de um caso de mastite.

O tratamento é realizado através de medicamentos (normalmente, antibióticos e analgésicos) associados ao manejo adequado da mama, ou seja, a retirada do leite, para que ele não continue represado.

O tempo de tratamento pode variar de acordo com a intensidade da infecção e dos sintomas, a partir da avaliação criteriosa do profissional de saúde. Por isso, é importante procurar um médico o quanto antes.

Não se preocupe quanto à interferência dos medicamentos na qualidade do seu leite. Existem remédios compatíveis com a amamentação. Exija isso do profissional que te atender.

Durante o tratamento é importante um acompanhamento diário para verificar os efeitos da medicação.

Se, por conta da dor na mama afetada pela mastite, você decidir amamentar apenas do outro lado durante o tratamento, lembre-se de continuar retirando o leite com a ajuda de uma bomba extratora de leite materno.

Isso vai evitar um novo acúmulo nos ductos mamários e ajudar a garantir o desaparecimento dos sintomas.

Além de tomar a medicação, ser acompanhada pelo seu médico e manter o esvaziamento frequente das mamas, você também pode colocar em prática algumas outras ações para agilizar o tratamento da mastite.

A primeira delas é ingerir bastante água para manter-se hidratada e favorecer a produção de leite.

Além disso, você pode mudar a posição em que normalmente fica durante a amamentação para obter uma pega mais adequada do bebê, de modo a facilitar o esvaziamento do seio.

É fundamental que você proteja a sua produção de leite para evitar o desmame precoce durante o período em que estiver lidando com a mastite. 

Mesmo que o desmame não seja a sua intenção, quando você suspende a amamentação por conta da dor ou por medo de que o medicamento faça mal ao seu bebê, a sua produção de leite é prejudicada.

Sendo assim, mesmo que a dor torne difícil manter o seu bebê no peito, crie uma rotina de ordenha, que pode ser feita de forma mais delicada e lenta para evitar ou amenizar essa dor. 

Para entender melhor essas e outras situações que podem levar ao desmame precoce, recomendamos também a leitura do artigo: “Causas do desmame precoce: as armadilhas que roubam sua amamentação”. Até a próxima!