Você sabia que amamentação e aleitamento materno exclusivo não são a mesma coisa? O aleitamento materno costuma ocorrer por meio da amamentação, mas esta não é uma regra.
Ao longo deste artigo, você vai entender o que é aleitamento materno exclusivo, quais são as recomendações dos principais órgãos de saúde sobre o assunto e como é possível manter o aleitamento materno mesmo com o bebê fora do peito.
Continue a leitura e mantenha-se bem informada para garantir a melhor nutrição para o seu bebê.
O que é aleitamento materno exclusivo?
O aleitamento materno, em sua essência, significa fornecer ao bebê o leite produzido pela mãe. Isso pode ocorrer de duas maneiras: a amamentação diretamente no seio ou por meio de dispositivos de oferta variados (como mamadeiras e copos).
Ou seja, é possível manter o aleitamento materno mesmo que o seu bebê não esteja mamando no seio, seja temporária ou permanentemente.
Se o seu bebê é alimentado somente com o leite materno, podemos dizer que ele está em aleitamento materno exclusivo, mesmo quando ele não mama diretamente no seio.
Nesse caso, é preciso estabelecer uma rotina de ordenha e conhecer as melhores formas de congelar e descongelar o leite materno.
Além disso, é importante evitar os bicos artificiais e recorrer a dispositivos como colheres e copinhos especialmente desenvolvidos para esta finalidade.
Embora a mamadeira seja o dispositivo de oferta de alimentação mais lembrado depois do seio da mãe, ela não é recomendada, pois pode provocar confusão de bicos.
Isso significa que o bebê, quando tem acesso à mamadeira, tende a preferir o bico da mamadeira em detrimento do bico do seio da mãe, que deve ser o seu plano A.
Se o seu bebê temporariamente não está mamando no peito ou se você alterna o oferecimento do peito e do leite materno em outros dispositivos, a mamadeira pode ser uma grande vilã em seu processo de aleitamento, já que quanto mais ela é oferecida, menos o bebê se interessa pelo seio da mãe.
Como o processo de sucção estimula a produção de leite, com o tempo você pode ter que lidar com uma baixa produção, e proteger a sua produção de leite materno é importantíssimo, já que não existe alimento mais completo e saudável para nutrir seu bebê.
Entre os diversos benefícios do leite materno estão seus nutrientes, vitaminas e anticorpos que, além de alimentar perfeitamente a criança, ajudam no desenvolvimento do sistema imunológico e protegem contra infecções e diversas outras doenças.
Sendo assim, é importante entender tanto os benefícios da amamentação quanto o conceito de aleitamento materno para tomar decisões informadas sobre a nutrição do seu bebê.
Quais são as recomendações oficiais a respeito do aleitamento materno?
Instituições como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade.
Além disso, esses órgãos afirmam que a amamentação exclusiva, em livre demanda e no seio da mãe deve ser a primeira opção.
Essas orientações são muito enfatizadas devido aos diversos benefícios cientificamente comprovados que a amamentação representa para o bebê e para a mãe.
Mas é claro que existem situações em que não é possível seguir as recomendações oficiais, e as possibilidades de alimentação do bebê deverão ser avaliadas pela mãe, considerando sua situação específica.
Muitas mães trabalham fora e possuem licença maternidade de apenas quatro meses. Se este é o seu caso, você não vai mais conseguir amamentar seu pequeno somente no peito e em livre demanda porque não estará em casa com ele durante todo o dia.
Nesse caso, é preciso adaptar as recomendações à sua realidade. É possível, por exemplo, fazer um estoque de leite materno para que este seja oferecido ao seu filho na sua ausência.
Vamos falar mais sobre isso a seguir.
O aleitamento materno exclusivo e a adaptação às suas necessidades individuais
Embora a amamentação exclusiva seja a recomendação padrão, a realidade da maternidade nem sempre permite que todas as mães sigam estritamente essa orientação.
Algumas mães podem enfrentar desafios devido, por exemplo, a problemas de saúde, horários de trabalho ou outros fatores.
A boa notícia é que a amamentação não é um cenário “oito ou oitenta”. Os órgãos de saúde reconhecem que cada mãe e bebê são únicos, e há maneiras de adaptar a amamentação para atender às suas necessidades individuais.
Em casos onde a amamentação direta no seio não é possível ou prática, a ordenha do leite materno e a oferta por meio de dispositivos adequados podem garantir que o bebê continue a se beneficiar deste precioso alimento sem que você necessariamente precise recorrer à fórmula infantil.
Assim, mesmo voltando ao trabalho depois de quatro meses de licença maternidade, você pode manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses.
Se este é o seu caso, o curso “Volte ao Trabalho em Paz” com certeza vai te ajudar muito.
Mas esta é apenas uma das situações em que o aleitamento materno não precisa ser interrompido caso não seja este o desejo da mãe.
Outro exemplo é o caso de mães que sofrem com episódios de angústia de amamentação e não sabem o que fazer porque não querem privar seus bebês do acesso ao melhor alimento do mundo.
Enfim, se você não pode ou não quer amamentar o seu pequeno diretamente no seio, independentemente dos motivos, é importante saber que existe a possibilidade de continuar oferecendo o leite materno a ele.
No próximo tópico, explicaremos o que você precisa fazer para garantir o aleitamento materno mesmo com o bebê fora do peito.
Como manter o aleitamento materno exclusivo com o bebê fora do peito?
Como vimos, a impossibilidade de amamentação exclusivamente no peito não precisa inviabilizar o aleitamento materno.
Com planejamento e cuidado adequados, é possível garantir uma oferta contínua de leite materno mesmo quando o bebê não está mamando no seio.
Mas para obter esse resultado, você precisa proteger a sua produção de leite mantendo uma rotina de ordenha adequada.
Quanto mais frequente a ordenha, maior a sinalização para o corpo de que o leite é necessário, o que ajuda a manter a produção.
Além disso, o leite materno deve ser manuseado e armazenado com cuidado, em recipientes esterilizados e datados, seguindo as diretrizes recomendadas para tempo e temperatura.
Você pode descobrir tudo sobre este assunto no “Guia prático para estocar leite materno”, que entre diversas outras orientações, te ajuda a garantir a manutenção da qualidade nutricional do leite.
Ao oferecer o leite materno ao bebê fora do seio, utilize os dispositivos adequados e considere as preferências do seu filho, respeitando o ritmo de alimentação dele.
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